LÁGRIMAS BENDITAS
Bem aventurados os que choram
Porque eles revelam o verdadeiro “Eu”
E encontram nas lágrimas
A evidência do sublime... do real.
Pois mais do que fraqueza,
Chorar é sinal de fortaleza
Felizes os que das lágrimas se alimentam
Bem aventurados os que choram
Porque eles se tornam transparentes
Das angústias desta vida terreal
Que são ecos da luta renhida
Só os fortes choram
Só os fracos disfarçam
Felizes os que com lágrima reagem
Bem aventurados os que choram
Como o fez o mestre dos mestres – Jesus:
Ante as injustiças do homem
Incompreendendo o profeta.
Ante os túmulos da vida, signos da destruição.
É elástica a visão dos que choram,
À semelhança da sensibilidade do Cristo
Felizes os que através das lágrimas sonham
Bem aventurados os que choram
Não o choro da emoção momentânea.
Não o sentimento do sofrer alheio
Que reclama por ações mais que emoções.
Nunca a provocação da persuasão hipnótica
E sim, a angústia de querer o bem lógico,
Felizes os que derramam lágrimas do saber.
Bem aventurados os que choram
Pois se conscientes, serão consolados,
Se por sentimento, ao menos fortalecidos.
Mas os que choram como artistas,
No disfarce, fugitivos estão da lide.
Jamais descansarão na verdade
Felizes os que vivem as lágrimas da justiça.
Bem aventurados os que choram
As misérias sociais que campeiam.
A pueril mortandade, e os vícios,
De inocentes, filhos da pátria.
Esses consolados serão no dever cumprido.
Aqueles na omissão destruídos.
Felizes os que com lágrimas semeiam.
Bem aventurados os que choram,
Porque voltarão com júbilo trazendo frutos.
E mesmo que o clamor não seja ouvido
Cada lágrima ao chão produzirá seu ruído
E o choro terá o seu galardão,
E o sonho não será só visão,
E serão felizes os que com lágrimas lutaram.
NÃO TEMAIS Ó PEQUENINO REBANHO: DEUS ESTÁ NO COMANDO!
A OUTRA MARGEM (Mc 4: 35-41) (HOMILIA)
INTRODUÇÃO: Texto rico – Portfólio homilético de Jesus. Sugere uma temática variada.
Para que margem teriam ido as vítimas dos Tsunamis da Tailandia? O que viveram; o que pensaram; o que projetaram; no dia anterior?
E os que morreram no ataque terrorista ao WTC no dia 21/09/01 em Nova York? Que outras margens escolheriam se pudessem voltar?
E os que morrem em acidentes aéreos e tantos outros, o que fariam se pudessem decidir ir para outras paragens?
Às vezes é necessário mudar de rumo, e muitas vezes esse “passar para outra margem” de Cristo, soa para nós como uma simples mudança de atitude, sem que haja a interferência de uma mudança de ambiente físico.
Quando leio esse texto me vem à mente as tragédias provocadas pelo ímpeto das águas que ceifou tanta gente no Vale do Itajaí-SC; em Angra dos Reis-RJ; em Alagoas e Pernambuco; e agora mais uma vez em São Paulo e Região Serrana do estado do Rio. Sem falar dos desastres naturais no restante do mundo inteiro, envolvendo coisas e pessoas. Se pudéssemos mudar o rumo dos acontecimentos, que direção teria tomado nossa vida?
Contudo isso nem sempre é possível. Precisamos refletir na oportunidade do já, do agora para, se possível, seguirmos para outra margem.
ELUCIDAÇÃO: Contexto: Mar da Galiléia. 21 km de comp. E 13 de largura. Há um escarpado de montanhas que podem afunilar o vento e quando há provocar tempestades, é mais difícil. Passar para outra margem implica entrar às vezes nesse funil.
Alguns aspectos:
1).Jesus queria passar;
2. Ele estava cansado;
3. Muitos o acompanharam
4. Teve de acalmar pelos menos três tempestades: Duas na travessia e outra ao chegar do outro lado.
a) O mar;
b) O coração dos apóstolos;
c) A vida de um homem possesso por uma legião de demônios. (Mc 5.1).
5. Do outro lado havia muito trabalho. (aplicação do discurso teórico de Cristo – Essa narrativa é parte de um momento nervoso na vida de Cristo... muitas curas... muita pregação...cansaço ...necessidades de devoção, etc.
6. Jesus vai para outra margem para trabalhar e não para repousar.
TEMA: A travessia para outra margem pode ser uma indicação de Deus.
I) Que reserva muitas surpresas (agradáveis ou não)
a) Ele não ficou só (nem mudou de barco). Os discípulos foram juntos.
b) Muitos barcos o seguiram (VS 36)( receberam a bênção no mar).
c) Tempestades rempentinas (Vs 37)
d) Deus estava no comando (sobre ela conf. Sl 29)
II) Que reserva muitas atividades. (Há muito que ser feito)
a) Durante a travessia (No barco, descanso, e trabalho ao mesmo tempo)
b) Na chegada. (e no retorno – trânsito)...
c) Na estadia (pois pediram para retirar-se) (não diferente de hoje)
d) Não pode repousar: teve que atender aos rogos: Não te importa que pereçamos? (VS 38)
e) Teve que pregar e instruir (VS. 40) Os sermões tiveram até temas: “As conseqüências da timidez”; e “A falta que faz a fé na hora da tempestade”.
Ilustrar: ( Pequeno incêndio em casa – como se resolveu )
III) Que reserva muitas oportunidades.
Que oportunidades de mudança têm/tiveram os que são/foram atingidos por tragédias? Oportunidades:
a) De Fé; b) de perdão; c) de conversão; d) de comunhão; e) de mudar para outra margem, outra atitude etc.
“As oportunidades passam a galope” ... Ilustrar “O porta malas”.
* Aquele momento reservou oportunidades de fé.
a) Para ir para outra margem
b) Para encarar e ter postura sobre a tempestade
c) Para crer (vs. 40)
d) E para tomar uma atitude (pois Jesus deixa transparecer que eles podiam ter acalmado o mar) já deviam ter autoridade)
e) Para crer, conhecer e confiar.
CONCLUSÃO: Na outra margem estão as lutas, alegrias, tristezas e tempestades, mas bonança, e vitórias também. E a voz de Cristo é clara: Passemos para a outra margem.
EM MEIO A TRAGÉDIAS É EDIFICANTE VER GENTE AINDA FALANDO EM FÉ E ESPERANÇA, MESMO TENDO PERDIDO BENS MATERIAIS E FAMILIARES. ESSES SÃO VERDADEIROS HERÓIS.
* Seguem duas poesias de dois renomados e inesquecíveis autores como uma tentativa de edificação aos que hoje sofrem tantas perdas. Aos que sofrem aqui e em todos os lugares.
Ser crente é conquistar para Deus que perdoa,
De uma existência má para uma vida boa,
O coração que sofre ao peso de um labéu.
EM MEIO A TRAGÉDIAS É EDIFICANTE VER GENTE AINDA FALANDO EM FÉ E ESPERANÇA, MESMO TENDO PERDIDO BENS MATERIAIS E FAMILIARES. ESSES SÃO VERDADEIROS HERÓIS.
* Seguem duas poesias de dois renomados e inesquecíveis autores como uma tentativa de edificação aos que hoje sofrem tantas perdas. Aos que sofrem aqui e em todos os lugares.
SER CRENTE - ( Mário Barreto França )
Ser crente é descansar, num Deus que é caridade,
A esperança que alenta e a fé que nos redime;
É sentir dentro d'alma essa doce vontade
De semear o bem, de combater o crime...
A esperança que alenta e a fé que nos redime;
É sentir dentro d'alma essa doce vontade
De semear o bem, de combater o crime...
Ser crente é refletir de Jesus a humildade
Para os outros vivendo em renúncia sublime;
É ter sempre um consolo à dor que ao peito invade,
É ter sempre um conforto à tristeza que oprime...
Para os outros vivendo em renúncia sublime;
É ter sempre um consolo à dor que ao peito invade,
É ter sempre um conforto à tristeza que oprime...
Ser crente é conquistar para Deus que perdoa,
De uma existência má para uma vida boa,
O coração que sofre ao peso de um labéu.
Ser crente é possuir como prêmio fecundo
O encanto de viver e ser feliz no mundo,
A glória de morrer e ser feliz no céu.
O encanto de viver e ser feliz no mundo,
A glória de morrer e ser feliz no céu.
Do livro: "Primícias da minha seara", Ed. autor, RJ, 1960
Sê corajoso e forte! (Gióia Júnior ) Josue 1:9
Ao amigo José Lins
Quando estiveres fatigado e triste
e meditares na terrível sorte,
não temas, pois Jesus é teu amigo:
Sê corajoso e forte!
Se te apanharem pelo mar da vida,
da dor cruenta o vendaval e a morte,
não desanimes, Cristo está contigo:
Sê corajoso e forte!
Se, no trajeto pelo mundo incauto,
vires perdida a orientação, o norte,
segue a Jesus e Ele será teu guia:
Sê corajoso e forte!
Se o dissabor, que fere a humanidade,
no coração abrir-te fundo corte,
pede a Jesus, pois Ele dá o alívio:
Sê corajoso e forte!
Se forem tantas as dificuldades,
que a tua força já não mais suporte,
roga ao Senhor que te mantenha firme:
Sê corajoso e forte!
Se vacilares, pela vida escura,
e com teu mal o mundo nem se importe,
ora com fé - e te erguerás contente:
Sê corajoso e forte! (Campo Grande, 1947)
