terça-feira, 23 de junho de 2015

TEORIA SOCIAL DO DISCURSO

 (RESENHA DO 3º CAPÍTULO)

  “A constituição discursiva da sociedade não emana de um livre jogo de ideias nas cabeças das pessoas, mas de uma prática social que está firmemente enraizada em estruturas sociais materiais, concretas, orientando-se para elas.”   (Acesse o link: Resenhas)

A EMERGÊNCIA DO DIÁLOGO NA PÓS-MODERNIDADE

Casarão em Gargalheiras - Acari-RN.
Diálogo - Portas abertas
Acervo Jailson Estevão dos Santos
 Embora o diálogo tenha sido uma necessidade de todos os tempos, a tônica urgente de seu reaparecimento como algo além de si mesmo – o diálogo pelo diálogo - é cada vez mais, uma emergência nestes tempos pós-modernos.

Isso é dito não pelo aspecto meramente do encontro entre os seres humanos, o que pode soar piegas. Mas porque há uma urgente necessidade por uma análise mais acurada da diferença como marca social, e consequentemente, como o grande diferencial entre os humanos. A dialética é fator de exigência à compreensão das coisas sob a pena do claustro cultural.

As coisas que nos referenciam reciprocamente estão todas na base de um discurso de fundação.  Razão porque precisamos avaliar o que cremos, como cremos, porque cremos e de onde cremos (o objeto, o processo, a origem e a razão).Ou seja, aqui está a emergência de interação com a diversidade histórica, claro, analisada pela ótica da crítica-literária, exegética e semântico-argumentativa. A própria teologia queda-se aos pés de uma análise crítica dos fatos e das crenças ao não aceitar assertivas descontextualizadas do processo histórico de aceitabilidade dos textos sacros antigos, ou seja, desprovidas de uma aproximada compreensão linguística e sócio-histórica da sociedade que os recebeu.

Assim, podemos acreditar nas possibilidades múltiplas que o diálogo criará entre todos os povos. É preciso ler e se aprofundar em leituras diversas, para não corrermos o risco de entender que há apenas uma leitura (a nossa em particular).

Só o diálogo construirá uma sociedade melhor, mais polida, mais humana. Uma sociedade formada por seres que não violentam o outro para garantir posições e poder.