(Ao
meu amor eterno: Damaris Ribeiro dos Santos)
Celebrar vem de
corações gratos. Assim, celebrar as bodas de casamento é uma demonstração de
nossa gratidão a Deus pela manutenção da alegria e graça da união conjugal.
Por isso não
apenas recordamos com certa nostalgia. Vamos além, e creditamos a Deus a
harmonia, manutenção e prosperidade da vida a dois.
Ao completarmos
trinta e quatro anos desde que o “sim no altar” tomou vida, expressamos a nossa
indagação: Por que celebrar bodas de oliveira?
Porque é a prova
da vitória sobre as intempéries. Lutas não faltam.
Porque há um
vínculo de paz, perseverança, resistência, cura, alivio e tranquilidade. Coisas
que precisam ser cultivadas para brotar. A oliveira, de longeva idade evoca um
pouco de tudo isso.
Porque regamos um
relacionamento com o azeite e o emplastro balsâmico do “sagrado”.
Porque não é em
vão que a oliveira esteja presente em tantas relações nas culturas de tantos
povos.
Porque o casamento
é como as folhas da oliveira. A elas Jesus acorreu nos seu momento mais
amargo. Delas, a unção dos reis, sacerdotes, médicos e místicos. Nelas, a
representação da força e da vitória dos atletas. Por elas, o anúncio da vida e
da paz pós-dilúvio. Com elas, a bênção do salmista: “[...] teus filhos, como
rebento de oliveira ao redor da tua mesa”. Elas simbolizam essa força sublime
de se tornar uma só carne.
Porque ao
celebrarmos, assim, evocamos e invocamos: raízes profundas, perenidade,
regeneração, produtividade mesmo nas fraquezas. A eternização do que de tão
sublime só se compreende na incorporação e no fruto do amor. Na memória de que
tudo no começo era tão delicado como “algodão”, “papel” ou mesmo “lã”, como
cantam os nossos filhos neste dia.
E, por fim, num
apenas percurso literário, porque o amor, tal como a oliveira, floresce em todo
lugar onde cuidado, e paciência lhe seja condição vital de cultivo.
Hoje, então
plantamos a nossa oliveira, para que pela natureza milenar de sua existência,
vencidos tantos obstáculos, simbolize-nos que o nosso “sim” se fez sentido na
vida e na eternidade.
(seu amado, Jailson Estevão dos Santos)